Leques - Um luxo só!!!





Os leques já existiam séculos antes de Cristo. Eram enormes, não podiam ser fechados e quem os movimentava eram os escravos. Na época dos grandes descobrimentos, os portugueses trouxeram do Japão a novidade dos leques retráteis, que logo se espalhou pela Europa, invadindo a França, tomando conta da Corte e dos salões e inspirando poetas e pintores. Nessa época os leques eram presos à cintura por delicadas e artísticas correntinhas. Para o Brasil foi trazida a moda com a vinda da família real portuguesa, no início do século XIX.


Os leques mais antigos, chamados de “flabellum”, eram feitos de folhas de lótus, penas de pavão, pintadas com cores vibrantes. 
O leque, também, era fonte de linguagem codificada das damas para os cavalheiros. Alguns exemplos: Eu te amo - Esconder os olhos com o leque aberto. Aproxime-se - Andar com o leque, conduzindo-o aberto na mão esquerda. Quando nos veremos? Leque aberto no colo. Não me esqueça - Tocar o cabelo com o leque fechado. Adeus - Abrir e fechar o leque. Sim - Apoiar o leque no lado direito do rosto. Não - Apoiar o leque no lado esquerdo do rosto. 
Célebres em Paris após a Revolução Francesa, os leques com grandes letras douradas tiveram, também, uma função didática, ensinar as primeiras letras ... À exemplo de moedas e medalhas, os leques também eram usados para comemorar os grandes feitos da vida de um país e sobretudo a França produziu muitos exemplares deste tipo, como aquele que retrata a ascensão dos balões Montgolfier.