Brincos

"Os brincos têm uma longa história ao longo de milhares de anos. Seja como adorno, objeto de identificação cultural ou um sinal de riqueza e prosperidade, seu uso remonta a 2500 a.C. De acordo com algumas crenças antigas, pensava-se que espíritos malignos poderiam  penetrar o corpo de uma pessoa através de seus orifícios. Com o propósito de impedir que isso acontecesse, é que surgiram os primeiros brincos. Desde então, seu estilo e popularidade atravessaram o tempo influenciados pela condição econômica de seus usuários, pela moda e, por fatores sociais, porém, sempre se mantendo como parte integrante da indumentária das pessoas.
Originários da Ásia e Oriente Médio, os brincos se apresentavam em duas formas: as argolas e os pendentes mais elaborados. Eles eram usados de forma simples compondo vestes que designavam identidade religiosa, política ou tribal. Eram, também, indicadores de status social, sendo considerados um sinal de riqueza e prosperidade. Entre os marinheiros, ter uma orelha furada significava que o usuário do brinco havia viajado por todo o mundo ou cruzado a linha do equador. Além disso, era costume usar-se brincos de ouro como forma pagamento de um enterro apropriado, caso o marinheiro viesse a se afogar no mar. Os brincos também eram usados para acupuntura, acreditando-se que seu uso poderia auxiliar na cura de problemas de visão ou audição.
Durante o Império Romano, as mulheres ricas usavam os brincos para exibir seu status social. Por volta de 200 a.C., pedras preciosas como safiras, esmeraldas e águas marinhas eram largamente utilizadas para compor seu design. Na Idade Média, porém, a pobreza prevaleceu e as joias de metal declinaram nitidamente, embora o design tenha sido preservado e usado posteriormente. Durante esse período a atenção se voltou para os penteados e vestimentas mais elaborados, bem como os enfeites de cabeça. Como resultado disso, os brincos perderam muito de seu apelo.
Contudo, durante o século XVI, as golas altas desapareceram e os cabelos começaram a ser usados presos, no alto da cabeça, deixando o rosto à mostra. Dessa maneira, os brincos começaram a voltar. Durante os anos de 1850, no entanto, eles perderam popularidade mais uma vez, já que os cabelos passaram a ser usados cobrindo as orelhas e bonés e chapéus eram quase que obrigatórios. Além disso, a crença religiosa e o comportamento social da época associavam os brincos ao paganismo, à vaidade e aos excessos morais.
Com os anos de 1920, chegaram os brincos de pressão, fazendo com que as orelhas furadas caíssem em desuso. Muitos viram esses brincos como sendo mais higiênicos e apropriados do que os modelos tradicionais.
Já em meados do século XX, brincos de todas as formas e tamanhos se tornaram populares sendo que os modelos mais discretos eram usados durante o dia e os mais glamorosos ficavam reservados para as noites. Nos anos 1970, as orelhas furadas ganharam popularidade novamente e uma grande variedade de estilos foi mesclada, não importando mais o período do dia em que os brincos seriam usados."
 
 
 
 
 
 
 


 
Fonte: Google