O batom (do francês bâton) é
seguramente um dos hábitos mais antigos do universo da ornamentação feminina. O
formato dos batons também passou por processos de modernização. Por volta do
ano de 1915, apareceu nos Estados Unidos um derivado do “baton serviteur”: um
colorante labial em forma de um pequeno tubo metálico. A sua aceitação na
América do Norte foi quase instantânea. Em 1921 a revista Vogue publicitava
esse o batom como um acessório de elegância que todas as mulheres de classe
deveriam possuir.
Uma boa maquiagem tem o poder de transformar. E o batom é algo que não pode faltar, principalmente os vermelhos.
Colorir os lábios começou a ganhar alguma popularidade na Inglaterra do século 16. Durante o reinado da rainha Elizabeth I ter os lábios vermelhos brilhantes e um rosto branco e austero tornou-se moda. Naquela época, o batom era feito a partir de uma mistura de cera de abelha e extratos vermelhos de plantas. Só as mulheres da classe alta e atores masculinos usavam maquiagem.
Atitude
Elas lutavam pelo direito de votar indo às ruas exibindo o tom nos lábios. Desde então, o batom vermelho ganhou o status de símbolo do poder feminino. Também no início do século 20, criado pelo americano Maurice Levy, o item foi embalado em tubos de metais, esses que usamos até hoje. Para você ter uma ideia, ele era acomodado em papel de seda, o que impedia que fosse levado para todos os lugares.
O movimento pelo sufrágio feminino é um movimento social, político e econômico de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio (o direito de votar) às mulheres. Participam do sufrágio feminino, mulheres ou homens, denominados sufragistas.
O movimento pelo sufrágio feminino é um movimento social, político e econômico de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio (o direito de votar) às mulheres. Participam do sufrágio feminino, mulheres ou homens, denominados sufragistas.
A estrela do cinema mudo Clara Bow também ajudou que a cor ficasse ainda mais em evidência. Os lábios da atriz eram cuidadosamente pintados em um formato que ficou conhecido como "arco do cupido" com batom escuro. O objetivo era que eles parecessem vermelhos nos filmes em preto e branco. Intensificando ainda mais a ligação da cor com a força feminina, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, no fim dos anos 30, os batons lançados na cor vermelha vinham com nomes que remetiam à tensão mundial da época. Eram destaques o "vermelho luta" e o "vermelho patriota".
As divas
Mesmo com os tempos difíceis de escassez e recessão que viriam logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, as mulheres não abandonaram seus batons. De acordo com registros da época, no fim dos anos 1940, mais de 90% das mulheres americanas eram adeptas do cosmético.
Com a ascensão das grandes divas hollywoodianas, como Ava Gardner, Rita Hayworth, Bette Davis, Lauren Bacall, Elizabeth Taylor e Marilyn Monroe, no fim dos anos 50 esse número subiu a 98%. Mesmo com a chegada de novas cores, o batom sempre esteve presente na necessaire das mulheres nas décadas seguintes.
Nos anos 80, um tom vibrante marcou o look escolhido pela rainha do pop, Madonna, em sua turnê do álbum "Like a Virgin".
O batom chinês era feito de extratos de plantas, sangue ou pedra britada e, desde cerca de 600 d.C., estava disponível em bastão. As tendências para os lábios variavam.
Durante a dinastia Han, era uma grande pinta vermelha na parte inferior, com o arco do cupido marcado no superior.
Mil anos depois, a maioria das mulheres pintava uma pétala no lábio inferior e duas no superior e ficavam com um biquinho em forma de flor.
Com a chegada do século 21, o batom vermelho voltou a ser o centro de atenção de muitas produções, firmando-se não apenas como símbolo de sensualidade, mas também como de poder e autoafirmação feminina. A ampla gama de vermelhos faz parte do dia a dia das mulheres em todo o mundo.
Dia 29 de julho é comemorado o DIA DO BATOM.
Fonte: Google, Wikipédia, Livro Última moda - uma história ilustrada do belo e do bizarro.